quarta-feira, fevereiro 21, 2007


não entendo o que me deixa acordado aqui nessa noite fria
Se é o medo da manhã
ou da noite esguia

Se és no céu
sou solitário na terra
resguardado no auto-abandono do meu travesseiro
na lemrança do véu

E a saudade?
será vício
ou resquício do teu corpo em minha insanidade?
Nossas noites são assim
eu aqui
tu aí

no firmamento, corpo celeste
no pensamento, arte rupestre

Pudera estivesses aqui,
que na dança da noite
orbitasses meu corpo
e eu o teu

e que morressemos fátuos
entre o desejo que se esvai no ar
e o aconchego dos teus braços

Tu, minha satisfação Lunar