sábado, agosto 15, 2009


Dos ponteiros na sombra

é do quanto pode ser o silêncio
a zoeira que me ensurdece
a feira que acumula os berros
todos querendo ser ouvidos

nada frui
tudo conflue
ao passo lento que as certezas
dilapidadas e claudicantes
pegam lugar pra sentar na sala
dos murmúrios uivantes

assentam e levantam
lamentam e ecantam
no chão lavado de tantas lágrimas

sou hoje
o titubeio nobre
do amor saltitando serelepe
anternando na ameaça da dor
que vem...
que vai...

da ausência do lastro
que me arrancou
que me desenhou os mais belos tons
dos versos, uns bons
que de meus braços saltaram
de todas a de mais orgulho
as palavras que de mim nasceram

e que ainda me tomam estas mais...

os espinhos das marcas
escondem-se atrás dos sorrisos tão doces
dos abraços tão nossos
como se existisse nós
pela vontade de acreditar em algo
que não a sentença de estarmos sós

e ele pulsa
insiste em pulsar,
temoso querer

3 Comments:

Blogger maybe said...

Nice blog you got here... Just droppin' by to say hi!

20 maio, 2010 10:45  
Anonymous Anônimo said...

Por que parastes de escrever? Estou tentando sair do seu blog para fazer outras coisas, mas não consigo. Não sei se é a forma como orquestra tuas palavaras, mas elas elas me tocaram profundamente. Eu, uma mulher apaixonada por literatura e poesia. E qualquer devaneio que me faça sentir/ refletir além do cotidiado de arranha-céus. Por isso, a partir de hoje me tornei tua seguidora. Também possuo um espacinho repleto de contos, poesias, constelações e laços azuis.
E se de alguma forma minhas palavras conseguirem te tocar, lá onde onde moram os céus que o corpo não alcança, ficarei horanda de tê-lo como meu seguidor.
Um grande abraço,
Bruna.

Eis ai uma poeisa de minha autoria:
Escribo también en español, vivi en Buenos Aires:

Sera que vale lo mismo esas penas?
De encuentros y desencuentros
Que terminan en tristeza
Aficiones y angustias?

Estoy agotada de esos honrados pensamientos
Los cuales se disipan
Con la velocidad de la luz,
Permaneciendo solamente
El polvo turvio flotando
[en el aire.

Y alla me voy, otra ves, atravezando el espacio
De las costelaciones de cielos
Que ya no resplandecen mi sonrisa
Que fue levemente embriagada
De una felicidad espontanea.

Ahora, sumerguida en nuves palidas
Abro mis labios frivolos
A la tentativa de proseguir:
Caminando, cantando
Y siguiendo la cancion.

Arrastrame. Devorame.
Y que mi cuerpo, desfigurado
Sea polvo, nada mas que polvo

Porque quien muere
Tiene que nacer.


Bruna.

20 julho, 2010 11:50  
Blogger Fabiola Cangussu said...

Um belo texto, parabéns!

16 setembro, 2010 10:28  

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