E basta dormir e sonhar indevido
para acordar no devido,
na realidade...
----- Em 12/05/09
Na sacada
Recanto de descanso
Minha rede sempre foi o sofá
da tua sala de espera
Onde dei-me o despeito do aguardo;
Onde desenhei o nada
que floresce no vazio;
Onde fiquei,
permaneci
me estatizei...
Virei a mobília velha que apóia a chave
Me lancei no despautério
Desfaleci no torpor austero
E cá fico...
Deprimente e frio
Procurando as palavras pro doloroso inefável
Maquinando saídas pro indelével
E contando...
Olho pra ela brilhante no céu
E me pego tolo a contar
Cantando para mensurar
Quantas e quantos picos de lua deixei passar
Passar, passar e passar...
Sozinho e solitário
na espera dos braços teus
que até agora não assumo que não virão!
E muitas se foram
Tantas quantas gotas de lágrimas me escorreram
“mil lágrimas”
Enquanto ela entra e sai por entre as nuvens
A chuva cai
Enquanto espero que ela desça
meu peito se esvai
diminui
atrofia
amargura
e se vai
Não, não sara
não se comove
apenas vai
Inepto e negligente
Vai
Até a incerteza do amanhã
Que toma tua claridade lunar
Pra ter um guia no escuro da noite
Pra que me solte as amarras da morbidez do aguardo nefasto
Pra que eu seja tão mais vivo como outrora
pra que não seja eu
o apreço que agora evapora!
para acordar no devido,
na realidade...
----- Em 12/05/09
Na sacada
Recanto de descanso
Minha rede sempre foi o sofá
da tua sala de espera
Onde dei-me o despeito do aguardo;
Onde desenhei o nada
que floresce no vazio;
Onde fiquei,
permaneci
me estatizei...
Virei a mobília velha que apóia a chave
Me lancei no despautério
Desfaleci no torpor austero
E cá fico...
Deprimente e frio
Procurando as palavras pro doloroso inefável
Maquinando saídas pro indelével
E contando...
Olho pra ela brilhante no céu
E me pego tolo a contar
Cantando para mensurar
Quantas e quantos picos de lua deixei passar
Passar, passar e passar...
Sozinho e solitário
na espera dos braços teus
que até agora não assumo que não virão!
E muitas se foram
Tantas quantas gotas de lágrimas me escorreram
“mil lágrimas”
Enquanto ela entra e sai por entre as nuvens
A chuva cai
Enquanto espero que ela desça
meu peito se esvai
diminui
atrofia
amargura
e se vai
Não, não sara
não se comove
apenas vai
Inepto e negligente
Vai
Até a incerteza do amanhã
Que toma tua claridade lunar
Pra ter um guia no escuro da noite
Pra que me solte as amarras da morbidez do aguardo nefasto
Pra que eu seja tão mais vivo como outrora
pra que não seja eu
o apreço que agora evapora!
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