quinta-feira, agosto 06, 2009


Cheia cura

Nos limites tenebrosos das obscurescências
venho a ti
volto aqui
Para o deleite do lodo
O agouro estarrecido
À luz da noite

Onde se afaga o brilho
a objetividade do dia
a crueza do estribo
Queima o pranto vertiginoso
Lágrimas novas que já são antigas
que já me são cantigas...

venho à ti Lua
deito nos teus astros
inexorável
minha lamúria toda nua

E destarte
à duas mãos
ter o acalento do peito vazio
nos teus braços de luz cheia
Para crescer da dor a força
cobrir o buraco que a falta fazia

e ir...
seguir daqui, ir...
pro avesso concreto
pro desalento
que outrora
ainda me aguarda discreto

deitado no âmago da ausência
que de tão presente
fez molhado meu rosto
da espera impossível
inexeqüível
desse amor que tem que passar...

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

O amor não passa.

06 agosto, 2009 14:31  
Anonymous Anônimo said...

Amém!

06 agosto, 2009 14:32  
Blogger Kenshin said...

hahahahhahah
pensei nisso no momento que escrevi esse verso!

06 agosto, 2009 14:42  

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