Cheia cura
Nos limites tenebrosos das obscurescências
venho a ti
volto aqui
Para o deleite do lodo
O agouro estarrecido
À luz da noite
Onde se afaga o brilho
a objetividade do dia
a crueza do estribo
Queima o pranto vertiginoso
Lágrimas novas que já são antigas
que já me são cantigas...
venho à ti Lua
deito nos teus astros
inexorável
minha lamúria toda nua
E destarte
à duas mãos
ter o acalento do peito vazio
nos teus braços de luz cheia
Para crescer da dor a força
cobrir o buraco que a falta fazia
e ir...
seguir daqui, ir...
pro avesso concreto
pro desalento
que outrora
ainda me aguarda discreto
deitado no âmago da ausência
que de tão presente
fez molhado meu rosto
da espera impossível
inexeqüível
desse amor que tem que passar...
3 Comments:
O amor não passa.
Amém!
hahahahhahah
pensei nisso no momento que escrevi esse verso!
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