quarta-feira, março 14, 2007


Boa ressalva a se ter em mente, quando a lógica e a cognição é o fio condutor de tudo! Olhar as coisas que fazem o corpo balançar e tomar por cosmogonia uma paisagem viceral.


"é preciso que o pensamento de ciência - pensamento do sobrevôo, pensamento do objeto em geral - torne a se colocar num há prévio, na paisagem, no solo do mundo sensível e do mundo trabalhado tais como são em nossa vida, por nosso corpo, não esse corpor possível que é lícito afirmar ser uma máquina de informação, mas esse corpo atual que chamo meu, a sentinela que se posta silenciosamente sob minhas palavras e sob meus atos. É preciso que com meu corpo despertem os corpos associados, os "outros", que não são meus congêneres, como diz a zoologia, mas que me freqüentam, que freqüento, com os quais freqüento um único Ser atual, presente, como animal nenhum freqüentou os de sua espécie, seu território ou seu meio. Nessa historicidade primordial, o pensamento alegre e improvisador da ciência aprenderá a ponderar sobre as coisas e sobre si, voltará a ser filosofia"

MERLEAU-PONTY, Maurice, O olho e o espírito. São Paulo: Cosac Naify, 2004, pp. 10-11

3 Comments:

Blogger Annete Morhy said...

a parte do "corpos associados" é grifo do autor ou de quem recortou?
=]
tenho um livro do Ponty, "O visível e o invisível", que nunca consegui terminar. Talvez tu consigas. Denso demais p minha cabeça.

15 março, 2007 12:15  
Anonymous Anônimo said...

hahahahahhahaaha...o tal MM-Ponty. :).

Faço da pergunta da amiga de cima, a minha aqui embaixo.

Arriverderci...

15 março, 2007 12:58  
Anonymous Anônimo said...

O grifo é do homem...
Sr. Maurice. Companheiro das noites mal dormidas.

15 março, 2007 13:34  

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