segunda-feira, outubro 16, 2006

Vitrine de Relógio Parado.

O que será de nós
quando não somos nós
quando já estamos sós
a lançar cinzas ao vento
Nada nos dará acalento

E te vejo assim
você igual a mim
e te condeno, ordeno
Mas não somos mais que pó
Sinceros dejetos desse nó

E quem diria que seria assim?
Eu igual a você
você demais pra mim
Quem dirá de nossos sonhos perdidos aqui?

Se você sou eu
cadê os sonhos que deixei nas esquinas devassas?
nas noites escassas?
Quem irá me salvar de minha fraqueza tácita?

E quando foi que fiz
você falar por mim?
E minhas palavras pesam
quase pouco mais que posso carregar
Virei resto de mim.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

perfeito... dá vontade de parodiar... será que é pertinente?

o que será de mim
quando não estou assim
sozinha, enfim
a dançar no vento cinza
e tudo é preto e brisa

se eu sou você
e se somos nossos sonhos
onde estarão as esquinas
e as luas pequeninas
fracas, perdidas pela noite imponente?
quem irá salvá-las da corrente?

E quando foi que falei por ti?
e desde quando palavras pesam?
e quanto posso carregar?
se sou pó, pó somente...

virei resto de nós.

mas até um relógio parado aponta a hora certa duas vezes ao dia.

17 outubro, 2006 00:02  
Blogger Lais testando... said...

oi..Rodolfo...sou eu, Lais, amiga da Gabi!! Bom..acabei de ler e muito bom, viu!!!!!Adoro ler oq os outros escrevem!!! E tu, pareces ter essa facilidade que deve paralisar a todos q chegam aqui e leem...
Ahh..e sobre a proposta! Pra gravar a musica! nao vejo problemas pra mim..é so marcarmos e conversarmos!! ok??!
=)

03 dezembro, 2006 15:39  

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