Da Premeditada Solidão
estou nulo
escuso
duro
estou...
apenas estou...
sinto a cabeça pesada
sinto o choro preso
o vazio
nele estou
sozinho como na condição
na breve alusão que meu desalento deixou
não logrou
não amou
sangrou
de mim, não conto quantas vezes
conto mais essa
encontro-me nessa
calmaria dispersa
que reclama reclusão
à cada lágrima que versa as palavras
som
imagem
o toque...
o toque plácido
da esperança invulgar
de vencer a solidão plástica
a imensidão flácida
das perdições empobrecidas à esmo
vivo, poeta
para morrer da condição
mais uma semana
mais uma causa estranha
enquanto o calendário não anda
não desmancha a prisão que meu grito encontrou no peito.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home