e somos pouco mais que nossas aspirações pelo encontro...
minha inclinação litorânea
Eu nasci no rio,
intrépido farsante de aguas barrentas.
Me fizeste no mar,
a imensidão lancinante que banha terras sedentas.
é assim que me reconheço vencido...
de prudência parca;
racionalização fraca;
intelectualmente aguerrido.
Se te fito, metafísica,
retorno às minhas profusões memorativas,
tento recobrar tua imagem em mim,
teu sorriso afim
a ferver minhas vertigens líricas
ao enumerar nossas incertezas
pouco me toma a erraticidade claudicante
Me vejo tudo menos estanque
ante à possibilidade real de sua gentileza
pendo às preocupações da distância,
aos meandro intermitentes
da distância que nos impôs a geografia,
contra qualquer ensejo de ânsia
E se a escuridão me fala
me lanço no precipício,
no interstício de nossa ausência de toque
na crença única de que teu sorriso me alimenta o coração
e pouco sei do que será
pouco sei de mim, lá...
não hei de saber
só sei que vou
pra poder ver o que de mim em ti restou...
1 Comments:
Mexer na ferida sempre me fez hesitar,
Teu texto de hoje me permitiu ir além..
Merci!
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