Soneto da intransparência
Do medo da ingenuidade
instalou-se a distância
Enrubreceram-se do sangue
e turvou-se a ânsia
quando muito,
enxerga-se a ganância
de roubar-me de teu coração
de sanar-me em tua suposta paixão
Para não engolir, me enobreço
Para não se engolido sozinho
de ti me escureço
Embasso a vertigem com eloquência
pra salvar-me da crueza, da nudez
de minha tendenciosa transparência.
1 Comments:
eu lembro de quando tiramos fotos assim nessa luz, com esses copos... Você escreveu sobre aquilo também.
=]
saudade!
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