segunda-feira, maio 14, 2007


Soneto da intransparência

Do medo da ingenuidade
instalou-se a distância
Enrubreceram-se do sangue
e turvou-se a ânsia

quando muito,
enxerga-se a ganância
de roubar-me de teu coração
de sanar-me em tua suposta paixão

Para não engolir, me enobreço
Para não se engolido sozinho
de ti me escureço

Embasso a vertigem com eloquência
pra salvar-me da crueza, da nudez
de minha tendenciosa transparência.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

eu lembro de quando tiramos fotos assim nessa luz, com esses copos... Você escreveu sobre aquilo também.
=]
saudade!

10 junho, 2007 02:38  

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