quinta-feira, dezembro 04, 2008


Desalinhe

Há ali, neste frasco
Ali, nem como traço, as vigorosas saudações que
ali, nem são momento
Ali, me são, por que não estão
Alimento, qualquer fragmento de doçura, de entrega que
alimente tudo o quanto não
há linha, que não se põe
à linha, que não
há linear, que não
é linha, de quanto se tenta à prova, esforço qualquer que se
alinhe... Não há...
Linha não há pra enfileirar cartesianos almejos
Ali, neste salto por desejo de encontro;
Ali, neste despertar do abraço que se faz casa

Não há quadro que se feche a intermitência destes traços, desta
linha, que é desenho, é movimento, que é
linha, mas não é reto, não é momento, não
alinha pra compor ponteiros ou setas, des-
alinha em ânsia, em medo e desejo, des-
anima do interposto, a distância
anima do fulgor da entrega que se faz ânsia

Em linhas abertas pelo novo, no salto do vento;
Ao linho do lar que se pode realizar na tua nuca, nas nuances do teu ar;
da paixão que se pretende encontro
Alinear...